Suspeito preso em Frutal integra quadrilha que movimentou R$ 13 milhões com desmanche de veículos no interior de SP

Grupo foi alvo da operação “Elo Quebrado”, que identificou esquema de receptação e lavagem de dinheiro em Barretos; desmanche clandestino foi lacrado

Polícia Civil realiza ação no desmanche clandestino localizado na zona rural de Barretos (SP), durante a operação “Elo Quebrado” que prendeu suspeitos e lacrou o local (foto: Divulgação/PCSP)

Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo levou à prisão de cinco pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha envolvida em desmanche de veículos e lavagem de dinheiro. Entre os presos está um homem de 39 anos que já se encontrava detido no presídio de Frutal (MG). A operação, batizada de “Elo Quebrado”, foi deflagrada nesta quarta-feira (25) e teve como epicentro a cidade de Barretos (SP).

De acordo com a polícia, o grupo movimentou cerca de R$ 13,9 milhões entre 2018 e 2023 por meio de atividades ilícitas. Foram cumpridos cinco mandados de prisão temporária — quatro em Barretos e um no presídio de Frutal — além de apreensão de dois veículos e quantia em dinheiro. O desmanche clandestino operava em uma área rural às margens da Rodovia Assis Chateaubriand e foi lacrado durante a ação.

A Justiça também determinou o bloqueio de bens, direitos e valores que somam R$ 11,5 milhões, valor estimado do patrimônio adquirido sem origem declarada. A operação contou com equipes das delegacias de Barretos, Colina e Jaborandi, além de agentes do Detran-SP.

As investigações tiveram início em abril de 2023, após outra operação policial identificar atividades suspeitas ligadas ao desmanche de veículos. No local, foram encontrados chassis adulterados, cabines sem identificação e diversas peças automotivas oriundas de furtos e roubos.

A polícia apurou que o grupo era dividido em núcleos com funções distintas, incluindo operadores do desmanche, operadores jurídicos que emprestavam nomes para empresas fictícias, e um braço financeiro especializado em ocultar o patrimônio obtido de forma ilícita. Foram detectadas práticas típicas de lavagem de dinheiro, como o uso de “laranjas”, depósitos em espécie sem origem comprovada e declarações fiscais incompatíveis com a renda dos envolvidos.

Os investigados irão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem somar até 18 anos de prisão. A Polícia Civil informou que a investigação continua para identificar outros possíveis integrantes do grupo.

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