Ação coordenada pela Polícia Federal e forças integradas mira esquema de lavagem de dinheiro do tráfico em Minas Gerais

Uberaba foi alvo de uma grande ofensiva contra lavagem de dinheiro ligada ao crime organizado. Nesta quarta-feira (2), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO/MG) realizou a Operação Rota Clandestina, focada em desarticular o esquema financeiro de grupos envolvidos com o tráfico de drogas.
A ação cumpriu mandado de prisão temporária, três mandados de busca e apreensão e bloqueou bens e valores que podem chegar a R$ 60 milhões, conforme determinação da 1ª Vara da Justiça Federal de Uberaba. As diligências se estenderam também para as cidades de Imperatriz (MA) e Abel Figueiredo (PA).
A Operação Rota Clandestina é continuidade da Operação Rota do Ferro, deflagrada em 2022, quando uma quadrilha foi alvo de investigação em Uberaba e outros estados. Naquele período, a operação resultou no cumprimento de dezenas de mandados de prisão e busca em Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul.
Os últimos levantamentos indicam que o principal responsável pelo fluxo financeiro do grupo utilizava parentes e pessoas próximas para tentar camuflar a movimentação de dinheiro obtido de forma ilícita. O nome da operação faz referência justamente ao percurso oculto utilizado para dificultar a identificação da origem dos recursos.
A FICCO/MG, que reúne Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Penal e Polícia Civil, atua de forma integrada para combater o crime organizado, promovendo ações conjuntas e ampliando o cerco contra organizações criminosas em Minas Gerais.