Mandados de busca miram político, empresário e servidores suspeitos de desvios de R$ 388 mil

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (7), uma operação em Uberaba para combater crimes contra a administração pública e o sistema econômico-financeiro. Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados a um político, um empresário, servidores públicos, profissionais da iniciativa privada, além de um aposentado e um estudante.
Durante a ação, que mobilizou cerca de 30 policiais civis, foram recolhidos documentos financeiros, contábeis, fiscais e empresariais, além de celulares e outros dispositivos eletrônicos. Todo o material apreendido será analisado para aprofundar as investigações. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências e locais de trabalho ligados aos suspeitos, cujas identidades seguem sob sigilo, mas as iniciais e profissões foram confirmadas pelas autoridades: A. P. S., vereador municipal de 53 anos; O. G. J., empresário de 48 anos; S. A. O., enfermeira de 39 anos; L. A. O., aposentado de 71 anos; J. A. S., servidora pública de 47 anos; G. H. O., servidor público de 62 anos; H. M. S., arquiteto de 53 anos; e I. V. A. L., estudante de 21 anos.
A Justiça também determinou o sequestro e indisponibilidade de bens dos investigados, totalizando até R$ 388 mil. A PCMG apura os crimes de tráfico de influência, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
De acordo com as investigações, um empresário teria financiado a candidatura de um político local e, em contrapartida, passou a receber repasses irregulares de recursos públicos. Também foi identificado o pagamento de salários e benefícios a assessores parlamentares que nunca exerceram funções efetivas (funcionários fantasmas), com os valores sendo repassados ao empresário.
Os investigadores apuram ainda supostos esquemas de corrupção envolvendo servidores do Executivo municipal, com suspeita de favorecimento em multas do setor de construção civil em benefício do empresário. O valor total desviado dos cofres públicos é estimado em R$ 388 mil. As investigações seguem em andamento.