Tesoureiro do PCC preso em SP era o “homem do dinheiro” da Baixada Santista

Investigação revela que ele era o responsável por enviar os lucros do tráfico da região para a cúpula da facção

Créditos: reprodução

A prisão de Alex Amaro de Oliveira, o “Barba”, em um apartamento de luxo no Morumbi, desvendou uma peça-chave na estrutura financeira do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Baixada Santista. Fontes policiais confirmaram ao ISNOnline que ele atuava como o principal responsável por recolher e enviar o dinheiro do tráfico da região para os líderes da facção.

Segundo investigadores especializados no combate ao crime organizado, Barba ocupava um cargo estratégico: gerenciar os lucros gerados pela venda de drogas em toda a Baixada, garantindo que os recursos chegassem intactos à cúpula do PCC. Sua prisão, fruto de uma operação da Polícia Civil de Santos, interrompeu um fluxo milionário que sustentava a organização criminosa.

Do morro ao luxo: a ascensão do “homem do dinheiro”

Barba não era um nome qualquer na hierarquia do PCC. Após a morte do antigo tesoureiro, Alexsandro Roberto Pereira, o “Palito”, em 2024, ele assumiu o controle financeiro e rapidamente mudou de vida. De origem humilde, passou a viver em um apartamento de alto padrão, cercado de joias, relógios caros e veículos de luxo – tudo adquirido com dinheiro do tráfico, segundo as investigações.

Durante a operação, a polícia encontrou:

  • Anotações contábeis que comprovam movimentações de R$ 50 mil por dia só em um único ponto de venda
  • Dois carros de luxo, cada um avaliado em mais de R$ 300 mil
  • Diversas caixas de joias e relógios de grife
  • Documentos que detalham a distribuição de recursos
  • Lavagem de dinheiro e ostentação

Além de gerenciar o fluxo de dinheiro do tráfico, Barba investia em bens caros para lavar os lucros do crime. O padrão de vida elevado – incompatível com qualquer renda legal – era uma forma de esconder a origem ilícita do dinheiro enquanto enriquecia.

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