Instituto Gremar resgata os animais vivos e investiga causas das mortes dos demais pinguins

Créditos: Instituto Gremar
O Instituto Gremar registrou, desde o último dia 28 de junho, 50 ocorrências envolvendo encalhes de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) nas praias de Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga, no trecho atendido pela instituição por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).
Dos 50 pinguins encontrados, sete estavam vivos e foram encaminhados ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, no Guarujá, onde permanecem sob cuidados intensivos. Os animais vivos foram localizados nas praias de Bertioga (cinco), Guarujá (um) e Santos (um).
Os demais 43 animais encalharam já sem vida: 19 em Bertioga, 17 no Guarujá, cinco em Santos e dois em São Vicente. Todos os corpos passaram por necropsia para investigar as causas das mortes.
O período entre maio e agosto é considerado migratório para a espécie, que se desloca das colônias reprodutivas na Patagônia Argentina em direção à costa brasileira em busca de alimento. Durante o trajeto, muitos pinguins sofrem com fadiga, desnutrição, desidratação ou ainda são vítimas de ações humanas, como emalhe em redes de pesca e colisões com embarcações.
O Instituto Gremar reforça a orientação de não se aproximar dos animais, não tocá-los, nem tentar devolvê-los ao mar. Ao avistar um pinguim encalhado ou próximo à costa, a recomendação é acionar o serviço de resgate pelo telefone 0800 642 3341.
O PMP-BS integra o licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras na Bacia de Santos, sob responsabilidade do Ibama. O projeto monitora o litoral entre Laguna (SC) e Saquarema (RJ) e avalia os impactos da produção e escoamento de petróleo e gás sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos. O Instituto Gremar é responsável pelo Trecho 9, que compreende São Vicente a Bertioga.
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