Governador argumenta que ameaça transnacional exige investimento em defesa e tecnologia para proteger fronteiras

Reprodução/Governo SP
Durante participação no Fórum Jurídico de Lisboa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que o crime organizado representa o maior risco ao Brasil, superando até mesmo as preocupações fiscais. Segundo ele, controlar a criminalidade transnacional demanda prioridade na estruturação das forças de defesa, com destaque para o fortalecimento de vigilância nas fronteiras secas e na costa brasileira, além da incorporação de tecnologia de ponta para inibir a penetração de organizações criminosas em negócios lícitos .
Tarcísio destacou que, embora o risco fiscal seja conhecido e tenha caminhos claros para solução, como redução de juros, maior influxo de capital estrangeiro e inflação controlada, a criminalidade organizada exige preparo diferente. Ele ressaltou que essa ameaça se estende ao narcotráfico e ao terrorismo, com implicações não apenas internas, mas também no cenário global, o que reforça a necessidade de vigilância estratégica e defesa nacional adequada .
Além da crítica ao crime organizado, o governador sugeriu que o Brasil poderia transformar essa vulnerabilidade em oportunidade. Ele apontou que, em meio a instabilidades globais, o país pode se consolidar como parceiro confiável na segurança alimentar, transição energética e inovação tecnológica, desde que mantenha posição diplomática neutra e baseada em interesses nacionais. Para isso, frisou a importância de um alinhamento pragmático com o “Sul global”, sem, no entanto, prejudicar relações com grandes investidores.