Polícia Federal e Gaeco investigam esquema que envolve agentes públicos; helicóptero de luxo está entre os bens bloqueados
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A cidade de Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi um dos alvos da Operação Augusta, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. A ação, realizada na manhã desta quarta-feira (25), tem como objetivo desmantelar um esquema de corrupção e vazamento de informações sigilosas, que envolve agentes públicos e particulares.
Com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil, a operação cumpre três mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão. As ordens foram expedidas pelo Poder Judiciário paulista, sendo um mandado em Praia Grande, três na Região Metropolitana de São Paulo e cinco na capital.
As investigações apontam que os envolvidos facilitavam o favorecimento de criminosos investigados em inquéritos policiais em troca de vantagens indevidas. Entre as práticas ilícitas estão o arquivamento suspeito de procedimentos policiais, o vazamento de informações protegidas por sigilo e o uso de documentos falsos para tentar recuperar bens apreendidos durante operações.
Um dos casos que chamou atenção – e que batizou a operação – foi a tentativa de reaver um helicóptero de luxo modelo Augusta AW109, avaliado em milhões de reais. A aeronave, bloqueada pela Justiça, faz parte de um patrimônio suspeito que pode chegar a R$ 12 milhões, incluindo outros bens e recursos financeiros.
Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, quebra de sigilo bancário e advocacia administrativa. Dependendo da gravidade das condutas, as penas podem ultrapassar 12 anos de prisão.
A Polícia Federal informou que a investigação segue em sigilo e novas diligências não estão descartadas.
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