Negociações preveem corte gradual das taxas de até 100% para 10% nas importações
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A Índia deu sinais de que pode reduzir substancialmente as tarifas sobre a importação de veículos, em meio às negociações com a União Europeia por um acordo comercial que vem sendo discutido há anos. Segundo a Reuters, fontes próximas às tratativas revelaram que o governo de Narendra Modi considera baixar gradualmente as atuais tarifas, que superam 100%, para cerca de 10%.
Pressão externa acelera negociações
O avanço nas conversas acontece pouco depois de os Estados Unidos, sob a administração de Donald Trump, também pressionarem Nova Délhi por medidas semelhantes. A indústria automotiva indiana, que atualmente fabrica cerca de 4 milhões de veículos por ano, teme uma abertura brusca do mercado e tem defendido que os cortes sejam implementados de forma escalonada para proteger a produção local.
Setor automotivo indiano resiste a cortes abruptos
Fabricantes como Tata Motors e Mahindra & Mahindra lideram as vozes contrárias a reduções rápidas, enquanto montadoras europeias como Volkswagen, Mercedes-Benz e BMW acompanham as negociações com expectativa positiva. Empresas como a Tesla, que planeja começar a vender veículos elétricos importados na Índia ainda este ano, também seriam beneficiadas.
Proposta prevê redução escalonada
A proposta indiana inclui uma queda inicial das tarifas sobre alguns modelos a combustão para 70%, com cortes graduais até alcançar 30%. Para os veículos elétricos, a sugestão é manter os níveis atuais até 2029, postergando reduções mais expressivas para depois desse prazo.
Acordo pode ser fechado até o fim de 2025
Apesar de as tratativas seguirem de forma confidencial, a expectativa é de que o acordo entre Índia e União Europeia seja fechado até o final de 2025. Especialistas avaliam que o contexto global de tensões comerciais, agravado pelas recentes tarifas impostas por Trump, pode acelerar a busca por consensos. “Se a UE está agora sob pressão para fechar um acordo com a Índia, precisamos ver como podemos capitalizar isso”, afirmou uma das fontes ligadas à indústria automotiva.
