Expectativa é que o Copom eleve a taxa básica nesta semana; projeções indicam queda gradual a partir de 2026

Reprodução/Flickr Agência Senado
O mercado financeiro projeta que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central realizará nesta semana a última elevação da taxa Selic em 2025, fixando-a em 14,75% ao ano. A reunião do colegiado está marcada para os dias 6 e 7 de maio, e a expectativa é de um aumento de 0,5 ponto percentual em relação ao patamar atual de 14,25%.
Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (5), a previsão é que a Selic permaneça em 14,75% até o fim de 2025. Para 2026, a estimativa é de redução para 12,5% ao ano, com quedas subsequentes para 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
A taxa Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. O aumento dos juros visa conter a demanda aquecida, tornando o crédito mais caro e estimulando a poupança, o que pode ajudar a reduzir a pressão sobre os preços. No entanto, juros mais altos também podem dificultar o crescimento econômico.
A projeção do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 é de 5,53%, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O Banco Central alertou para o risco de a inflação de serviços permanecer elevada e afirmou que continuará monitorando a política econômica do governo. Na reunião de março, o Copom indicou que elevaria a Selic “em menor magnitude” na reunião desta semana, mas não forneceu pistas sobre os próximos passos.
A decisão do Copom será acompanhada de perto por analistas e investidores, que buscam sinais sobre a trajetória futura da política monetária e seus impactos na economia brasileira.