Clube pressiona por camisas acessíveis e vê disputa milionária de gigantes do esporte

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O Corinthians vive um momento decisivo fora de campo com o “leilão” entre Nike e Adidas pelo fornecimento de material esportivo. A Nike formalizou proposta para renovar até 2036, podendo render até R$ 1,3 bilhão ao clube, superando a oferta da Adidas, que gira em torno de R$ 1 bilhão por 10 anos.
Parceira desde 2003, a Nike tenta retomar o prestígio após atritos com a antiga gestão. A nova diretoria, comandada por Osmar Stabile, busca melhores condições e analisa cuidadosamente os pacotes, que envolvem bônus, luvas e metas. A proposta da Adidas, por exemplo, pode chegar a R$ 85 milhões anuais.
A indefinição, porém, incomoda a empresa alemã, que cogita retirar sua proposta diante da demora da diretoria. A Adidas enxerga no processo uma tentativa de barganha com a Nike e afirma que o clube já estourou o prazo para responder à oferta, o que atrapalha a confecção dos materiais para 2026.
Mais do que os valores, o Corinthians também pressiona por camisas mais acessíveis ao torcedor e melhor distribuição para lojistas. A escassez de modelos como a “all black” em 2024 gerou críticas, assim como os preços elevados, que incentivam a pirataria e afastam o consumidor final.
Nos bastidores, a diretoria reforça que a decisão não será apenas comercial, mas estratégica. Osmar Stabile deve levar a proposta preferida ao Conselho de Orientação (CORI) antes do anúncio oficial. O clube evita declarações públicas para não tumultuar as negociações em andamento.
Em meio à disputa, Andrés Sanchez reacendeu o debate sobre a força do Corinthians. Em entrevista ao Bandsports, o ex-presidente afirmou que o Mundial de Clubes tem pouco apelo no Brasil sem a presença do clube e criticou as condições nos Estados Unidos, chamando os campos de ruins e o calor de “insustentável”.
Para Andrés, a ausência do Corinthians afeta o interesse do público. A fala reforça a percepção interna de que o clube mantém grande representatividade no futebol brasileiro e internacional — um peso que as fornecedoras consideram estratégico nas tratativas milionárias em andamento.
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