ISFM NEWS aborda riscos do turismo de aventura após morte de brasileira em vulcão na Indonésia

Especialistas discutem segurança e prevenção após tragédia com turista na Ásia

Créditos: Reprodução

A morte da brasileira que caiu de um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia, foi pauta no programa ISFM NEWS desta quarta-feira (25). Os participantes debateram os riscos dos esportes de aventura e discutiram possíveis caminhos para evitar que fatalidades semelhantes voltem a acontecer.

O advogado Marcelo Pavão destacou que há uma regra básica entre praticantes de esportes de aventura: “Para a prática de esportes de aventura existe uma regra não escrita que é não fazer esse tipo de atividade sozinho, porque se você tiver uma necessidade de apoio, alguém da sua confiança poderá lhe ajudar”.

Ele ressaltou que tal medida “não evitaria a fatalidade”, mas que as chances de resgate e de resposta mais rápida seriam maiores. O advogado reconhece que nesta situação não basta estar tudo correto: “com essa menina estava, mas contar com o incerto é muito arriscado. É algo que pode dar errado, e neste caso deu”.

Pavão também criticou a condução do grupo turístico: “Ela estava na Indonésia, com um grupo de turismo. Ela teve um problema de mobilidade e teria ficado para trás por recomendação do guia, em um local inóspito, extremamente contrário à vida regular, e principalmente, essa moça não estava com alimentos, com água e com agasalhos para passar a noite naquele local”.

Ainda segundo o advogado, o episódio deve servir de alerta: “A gente precisa sempre levar em conta o risco que está assumindo para este tipo de empreitada para chegar até uma solução ou resposta. Não é achar culpados, mas a gente precisa tirar essa lição para entender como ampliar os controles de risco”.

O arquiteto Alessandro Lopes abordou a influência das redes sociais nesse tipo de turismo: “Por conta da ‘experiência instagramável’ as pessoas começaram a assumir riscos cada vez maiores”.

Lopes também comentou o contexto da viagem de Juliana: “Nesse caso a menina estava fazendo um mochilão, como vários jovens, ela assume o risco… O que cabe é regulamentar a prática desse tipo de atividade nos países que exploram este tipo de turismo”. E sugeriu: “Já que querem propor coisas novas, que criem isso com segurança”.

Apresentado pelo jornalista Paulo Schiff, o ISFM News é transmitido pela rádio ISFM 100,7, de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30. O programa também pode ser acompanhado pelo canal ISFM no YouTube.

A notícia

Juliana Marins, brasileira de 26 anos, foi encontrada morta nesta terça (24), após cair de um penhasco no Monte Rinjani, na Indonésia. A família confirmou a morte após quatro dias de buscas na região montanhosa.

Equipes de resgate enfrentaram dificuldades para localizar o corpo, devido ao terreno íngreme. Na segunda (23), um drone encontrou Juliana imóvel a 500 metros da trilha. Nesta terça, o corpo foi achado ainda mais abaixo, a 650 metros.

Natural de Niterói (RJ), Juliana era formada pela UFRJ e viajava pela Ásia desde fevereiro. Ela havia passado por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia, onde realizava trilha com outros turistas e dois guias.

O acidente ocorreu após Juliana demonstrar cansaço e ser deixada sozinha. Ao perceber sua demora, o guia retornou e já a encontrou caída. A versão foi confirmada por relatos do parque e gerou protestos da família.

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