Stábile e os demais membros da diretoria procuram alternativas de menor impacto
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O Corinthians atrasou os salários de funcionários e jogadores que deveriam ter sido pagos até a última segunda-feira (7), quinto dia útil do mês. A diretoria tentou antecipar receitas para quitar os valores, mas as alternativas disponíveis não foram suficientes.
A gestão interina de Osmar Stábile informou o elenco e os setores internos que trabalha para resolver parte do problema ainda nesta terça-feira (8), com previsão de concluir os pagamentos na quarta (9). Os atletas do time principal estão de folga, mas foram avisados da situação.
Além dos salários, o clube enfrenta dificuldades para pagar fornecedores e premiar os jogadores pelo título do Campeonato Paulista. O Corinthians também está inadimplente com o atacante Memphis Depay, que cobra R$ 6,1 milhões em bônus e direitos de imagem.
A situação se soma a um contexto delicado nas finanças alvinegras. Em abril, as contas de 2024 foram reprovadas pelo Conselho Deliberativo, e o clube acumula uma dívida total de R$ 2,5 bilhões. O atraso nos salários ocorre pela segunda vez consecutiva sob o comando de Stábile.
No mês passado, o Corinthians conseguiu quitar a folha com dois dias de atraso após antecipar verbas da Federação Paulista de Futebol. Desta vez, parte dos recursos buscados já havia sido adiantada por gestões anteriores, o que reduziu as opções da diretoria.
Uma das primeiras ações de Stábile ao assumir a presidência foi o pagamento de uma parcela do Profut para evitar a exclusão do programa federal de refinanciamento de dívidas. A medida, avaliada em R$ 3 milhões, foi considerada urgente para evitar sanções judiciais.
O clube aderiu ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), que organiza os débitos em uma fila com prazo de até dez anos para pagamento. Apesar disso, o Corinthians continua enfrentando obstáculos para quitar obrigações de curto prazo, como tributos e salários mensais.
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