Renovações podem gerar multas milionárias e desgastam ainda mais o ex-presidente

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A diretoria interina do Corinthians descobriu que Augusto Melo, antes de ser afastado, renovou contratos com empresas de segurança e limpeza até 2030, quatro anos após o fim de seu mandato. As mudanças podem gerar multa de até R$ 29,6 milhões ao clube.
Os aditivos foram assinados três semanas antes da saída de Melo e não tinham registro nos sistemas internos do clube. A nova gestão alega que os documentos só vieram à tona após uma auditoria nos contratos em vigor. O ex-presidente não negou a renovação.
O atual diretor jurídico, Leonardo Pantaleão, afirmou que os serviços dessas empresas já eram alvo de questionamentos e que, após nova cotação no mercado, o clube contratou uma nova prestadora. A renovação, segundo ele, causou grande prejuízo ao clube.
Fora o imbróglio contratual, o Corinthians está próximo de escolher entre Adidas e Nike para fornecer o material esportivo nos próximos anos. A Adidas fez proposta de até R$ 1 bilhão em 10 anos, incluindo R$ 100 milhões em luvas pagas à vista.
A Nike, parceira desde 2003, tenta manter o vínculo e promete melhorar a oferta, mas enfrenta disputa jurídica: alega ter renovação automática até 2029, feita pela Fisia, sua distribuidora. O clube contesta a validade e teme uma ação judicial em caso de rompimento.
A atual gestão vê na Adidas uma chance de “virar a página”, enquanto a Nike aposta na longa relação com o clube. O presidente interino Osmar Stabile analisa as duas propostas e deve submetê-las ao Conselho de Orientação para definição.
A disputa envolve não só finanças, mas também questões jurídicas e políticas. Enquanto tenta reconstruir a imagem institucional após a crise com Augusto Melo, o Corinthians precisa equilibrar contratos passados e decisões estratégicas para o futuro.
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