Deputada do PSOL-SP enfrenta acusações de desvio de função e uso indevido de recursos públicos; defesa afirma que profissionais desempenham funções institucionais
Reprodução/Agência Senado
A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) está sendo alvo de denúncias por nomear dois maquiadores pessoais como assessores parlamentares em seu gabinete na Câmara dos Deputados. As acusações foram formalizadas por deputados da oposição, que protocolaram representações no Ministério Público Federal (MPF) e no Conselho de Ética da Casa, alegando desvio de função e uso indevido de recursos públicos.
Os profissionais envolvidos, Ronaldo Hass e Índy Montiel, foram contratados como secretários parlamentares e possuem salários que variam de R$ 2.126,59 a R$ 9.678,22 mensais. No entanto, ambos também atuam como maquiadores pessoais de Hilton e frequentemente divulgam nas redes sociais registros de seus trabalhos, incluindo maquiagens realizadas para a deputada em eventos institucionais e públicos.
A defesa de Erika Hilton refuta as acusações, afirmando que os dois profissionais desempenham funções institucionais em seu gabinete, como elaboração de relatórios, acompanhamento de comissões e articulação política. A deputada destaca que os conheceu como maquiadores, mas identificou outras habilidades que os qualificaram para as funções parlamentares. Ela também ressalta que, quando os assessores realizam maquiagens, são devidamente creditados por isso.
A situação gerou repercussão nas redes sociais e entre parlamentares, com críticas por parte da oposição, que considera a contratação inadequada para cargos públicos. Por outro lado, aliados de Hilton defendem a nomeação, argumentando que os profissionais possuem formação e experiência que contribuem para o desempenho das atividades parlamentares.
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados deverá avaliar as representações apresentadas e decidir sobre a continuidade das investigações e possíveis sanções.
