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Avanço dos desastres climáticos nas cidades brasileiras gera debate no ISFM NEWS

Especialistas analisaram estudo que aponta chuvas como causa de tragédias no país

Créditos: APA Petrópolis / NGI Teresópolis

O programa ISFM NEWS desta quarta-feira (2) debateu o levantamento da Unifesp que constatou desastres naturais em 83% das cidades brasileiras nos últimos 4 anos. A grande causa das tragédias recentes está diretamente relacionada às chuvas no país.

O engenheiro Antônio Carlos Silva Gonçalves apontou que são coisas perceptíveis nos detalhes: as praias estão com faixas de areia cada vez menores e as ocupações irregulares cresceram substancialmente.

Segundo ele, a mudança climática pode ser vista na própria temperatura, citando que na Baixada Santista o clima está muito abaixo da média até mesmo para o inverno, enquanto países da Europa batem recordes de calor ano após ano.

Ele destacou ainda que o índice pluviométrico aumentou consideravelmente, a ponto de ruas que antes tinham galerias pluviais com 60 centímetros de diâmetro hoje contarem com tubulações de 1 metro. Para ele, o aumento do nível do mar evidencia o impacto do oceano nas praias, e reforçou que só não observa as mudanças climáticas quem não quer, já que os sinais são evidentes.

O advogado Marcelo Pavão lembrou da tragédia no Rio Grande do Sul no ano passado, com muitas mortes e destruição, e questionou o fato de que, um ano depois, outra tragédia tenha ocorrido sem que nenhuma medida tenha sido tomada.

Para ele, nenhum prefeito, governador ou obra de contenção foi efetivamente implantada, o que demonstra que, se 83% dos municípios ainda enfrentam problemas, quase 0% dos gestores tomaram alguma providência.

Pavão concluiu que há um negacionismo inexplicável diante de fatos que trazem morte e destruição sem provocar mudanças por parte das autoridades.

Apresentado pelo jornalista Paulo Schiff, o ISFM News é transmitido pela rádio ISFM 100,7, de segunda a sexta-feira, das 7h às 8h30. O programa também pode ser acompanhado pelo canal ISFM no YouTube.

A notícia

Um levantamento da Unifesp revelou que 83% das cidades brasileiras registraram ao menos um desastre climático por chuvas nos últimos 4 anos. Na década de 1990, a proporção era de apenas 27%. O número de eventos saltou de 2.335 na década para 7.539 em quatro anos.

As chuvas intensas são hoje as principais causadoras de desastres climáticos no país. Elas foram responsáveis por 86% das mortes ligadas a esses eventos desde os anos 1990, somando 4.247 óbitos. Além disso, 94% dos desalojados ou desabrigados no país foram vítimas de chuvas.

O impacto das chuvas cresceu de forma acelerada nas últimas décadas. A média anual de afetados saltou de 40 mil nos anos 1990 para 6,8 milhões nesta década, puxada pelo desastre no RS. Entre 2010 e 2019, o número já era de 3,8 milhões ao ano.

As consequências para a saúde são severas: cerca de 654 mil pessoas ficaram doentes ou feridas após desastres por chuva. Além disso, 90% dos afetados relataram sequelas emocionais, com possibilidade de incapacitação temporária ou permanente.

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