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Após terceira cratera, Prefeitura vai cobrar construtora

Empresa nega responsabilidade pelos deslizamentos, mas servidores municipais seguem realizando reparos em área que deveria ser de competência da construtora.

Créditos: Reprodução

A Prefeitura de Santos afirmou nesta segunda-feira (28) que vai cobrar da Construtora Patriani os custos com a recuperação da entrada de garagem e de parte da calçada danificadas pela terceira cratera aberta no entorno da obra da empresa, localizada na esquina das ruas Carlos Affonseca e Galeão Carvalhal, no bairro do Gonzaga.

Em nota, o governo municipal destacou que o laudo que apurará as causas do solapamento ainda não foi finalizado. Mesmo assim, garantiu que os gastos com o reparo emergencial executado pela Secretaria das Prefeituras Regionais (Sepref) serão calculados e cobrados dos responsáveis. Os serviços ocorreram no último dia 24, com apoio de um caminhão e um trator pá carregadeira.

Antes do embargo parcial à construção, foi flagrado funcionários da Prefeitura Regional da Zona Intermediária e da Ouvidoria de Santos atuando no local. Técnicos reparavam o piso cedido ao lado do empreendimento — área que, por ser de domínio privado, deveria estar sob responsabilidade da própria Patriani.

O trecho permanece instável, segundo relatos colhidos pela Reportagem. Apesar disso, a Patriani sustenta que a obra não tem relação com os danos e que a calçada do prédio segue preservada. A empresa argumenta que o impacto das chuvas teria afetado apenas o passeio público vizinho, sem atingir a área sob sua responsabilidade direta.

Em nota, a Prefeitura informou que notificou tanto a construtora quanto a Sabesp no dia 19 de abril, exigindo reparos emergenciais na rede coletora de esgoto e no calçamento. A Secretaria de Obras e Edificações (Seobe) também condicionou a retomada integral da obra à apresentação de um laudo técnico que ateste a estabilidade de toda a estrutura e do entorno.

Atualmente, estão liberadas apenas intervenções fundamentais no subsolo, como cortinas, amarrações e lajes. Todos os demais serviços seguem suspensos até que a construtora apresente o documento técnico, assinado pelo engenheiro responsável, comprovando a segurança do canteiro e das vias próximas.

A cratera mais recente se abriu ao lado da Panificadora Universo e quase terminou em tragédia. Um funcionário do local caiu no buraco, mas, por sorte, não se feriu com gravidade. O caso é o terceiro registrado em menos de quatro meses.

Em janeiro, a primeira cratera engoliu parcialmente um carro e quase custou a vida de um cachorro. Na segunda vez, em março, o incidente paralisou o fornecimento de energia, interditou ruas e afetou o prédio vizinho Ibicaba, onde dois elevadores ficaram parados após a inundação dos poços. Mesmo diante do histórico, a construtora ainda nega relação direta com os acidentes.

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