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Bolsas disparam após Trump recuar de tarifas globais, mas mira China com aumento

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As bolsas da Ásia e da Europa fecharam em alta nesta quinta-feira (10), impulsionadas por um clima mais otimista no mercado internacional. O motivo principal foi o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que vai reduzir as tarifas de importação para diversos países para 10%, por 90 dias. A medida foi chamada por ele de uma “pausa” no tarifaço que havia sido anunciado recentemente.

Apesar do alívio para vários países, Trump decidiu aumentar ainda mais as tarifas para a China, que agora chegam a 125%. Segundo ele, essa medida foi uma resposta direta às tarifas de retaliação impostas pelo governo chinês.

Veja o desempenho das bolsas asiáticas no fechamento:

  • 🇨🇳 China (CSI 1000): +2,34%
  • 🇭🇰 Hong Kong (Hang Seng): +2,06%
  • 🇯🇵 Japão (Nikkei 225): +8,99%
  • 🇰🇷 Coreia do Sul (Kospi): +6,60%

E na Europa, por volta das 6h40:

  • 🇩🇪 Alemanha (DAX): +5,34%
  • 🇫🇷 França (CAC 40): +5,14%
  • 🇬🇧 Reino Unido (FTSE 100): +4,24%
  • 🇮🇹 Itália (Itália 40): +6,19%
  • 🇪🇸 Espanha (IBEX 35): +5,01%
  • 🇳🇱 Holanda (AEX): +4,63%
  • 🇨🇭 Suíça (SMI): +4,54%

Nova York em festa: maiores altas em anos

Enquanto os mercados asiáticos e europeus ainda reagiam à tensão da guerra comercial, as bolsas dos EUA comemoraram com fortes altas:

  • 📈 Dow Jones: +7,9% (melhor dia desde 2020)
  • 📈 S&P 500: +9,5% (maior alta desde 2008)
  • 📈 Nasdaq: +12% (melhor desempenho desde 2001)

Brasil também sentiu o impacto positivo

No Brasil, o dólar chegou a subir pela manhã, mas caiu com força após o anúncio de Trump, fechando em baixa de 2,54%, a R$ 5,84. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 3,12%, alcançando os 127.796 pontos.


Entenda a disputa entre EUA e China

Apesar do recuo nas tarifas para outros países, os EUA apertaram ainda mais as restrições contra a China. Trump aumentou para 125% a taxa sobre produtos chineses, o que marca mais um capítulo da guerra comercial entre os dois países.

Essa escalada começou no início de abril, quando os EUA anunciaram tarifas sobre importações de 180 países. A China reagiu aumentando suas próprias taxas sobre produtos americanos. Desde então, as duas potências vêm trocando medidas cada vez mais duras.

Como a tarifa dos EUA contra a China chegou a 125%?

  1. +10% em fevereiro, somando-se a uma taxa já existente de 10% → total: 20%
  2. Em 2 de abril, Trump anunciou +34% → total: 54%
  3. Após nova resposta da China, os EUA aumentaram +50% → total: 104%
  4. Com a China subindo para 84%, os EUA reagiram com +21% → total: 125%

Estratégia ou improviso?

Apesar de aliados próximos de Trump afirmarem que o recuo nas tarifas foi parte de uma estratégia, o próprio presidente disse que decidiu isso “de última hora”, na manhã de quarta-feira. A medida teria sido motivada pela venda recorde de títulos americanos na véspera, o que mostrou um abalo na confiança do mercado.


“Arte da Negociação”

A decisão de Trump reflete os princípios do livro “A Arte da Negociação”, escrito em 1987 e creditado a ele. No livro, ele defende ideias como:

  • Pensar grande
  • Negociar com base na força
  • Ser duro e sempre revidar
  • Seguir os próprios instintos

Trump acredita que começar com tarifas altas pode gerar acordos melhores, já que qualquer recuo nas taxas pode parecer uma vitória para o outro lado — mesmo que ainda estejam acima do normal.


Peter Navarro: o cérebro por trás da guerra comercial

Um dos principais defensores da política tarifária de Trump é Peter Navarro, economista e conselheiro comercial do ex-presidente. Ele defende tarifas amplas e já publicou livros acusando a China de práticas desleais no comércio.

Navarro foi condenado a quatro meses de prisão por não colaborar com as investigações do ataque ao Capitólio em 2021, mas continua próximo de Trump.

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